Por Carlos Monteiro Me perdoe poeta, sei que é uma “infâmia”, de minha parte, contradizer sua licença poética, porém, nas Gerais há cada vez mais. Minas há em mim. Sempre me senti um tanto ‘mineiroca’, desde os meus tenros anos de vida quando, ainda com meses, passei, obviamente junto com meus pais, as férias de verão em São Lourenço e lá fui clicado próximo aos patos, do imenso – a mim parecia o oceano – lago de águas cristalinas. Foram mais duas visitas à cidade. Naquela altura, já mais crescido. Foi por lá que tive minha primeira experiência com uma Benzedeira. Fui curado em poucos dias de uma ‘bicheira’ que me atormentava, fazia meses, o joelho. Aquela incrível mulher, cujo nome infelizmente não sei, me sarou usando três instrumentos: sua poderosa reza, um galhinho de arruda e uma caneta. Traçou, na parte afetada, uma espécie de montanha ponteada por estrelas e um trenzinho reluzente; era azul, a janela lateral do ...