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Mostra "Eduardo Sued - ousadias cromáticas" inaugura em três galerias

As galerias Danielian e Cassia Bomeny, respectivamente na Gávea e em Ipanema, apresentam inauguraram nesta quinta-feira (11), a mostra "Eduardo Sued – ousadias cromáticas", com curadoria de Vanda Klabin. A mostra, que ocorre simultaneamente em ambos os espaços, apresenta importantes obras inéditas, produzidas entre 1989 e 2020, escolhidas em seu próprio ateliê em Jacarepaguá, onde, aos 96 anos, segue produzindo e trabalhando diariamente. Além de pinturas, serão expostas também experiências tridimensionais feitas em diferentes suportes e materiais que o artista chama de “pintura-relevo”, onde há a junção da tela com tocos de madeira.

Vanda Klabin, curadora que acompanha sua trajetória desde os anos 1980, conta que as duas exposições “sintetizam a trajetória de Eduardo Sued”. “São momentos diferenciados em sua produção, onde tudo é cor. As mostras permitem um olhar amplo e reflexivo sobre a trajetória desse grande artista, um pensador e o maior colorista do cenário artístico nacional. Um turbilhão de formas e de cores. Em suas próprias palavras: ‘Tudo é cor, pode haver sonatas, sinfonias …’”. “Sued sempre revitaliza a linguagem pictórica, com liberdade e intensidades cromáticas. A cor tem um lugar polissêmico em sua obra. Suas pinturas refletem a relação entre a luz, a superfície cromática, uma geometria, o espaço e o tempo. A preocupação com a luminosidade está presente em todas as suas obras”, afirma.

Na Danielian Galeria estão obras dos anos 1980, período que Sued desenvolveu “uma orquestração de áreas negras, com vibrantes faixas coloridas divididas em segmentos desiguais”, explica a curadora. “São obras de uma estrutura geométrica com oposiçōes cromáticas mais ousadas e trabalhos de grandes dimensões, onde as proporções e as cores se alteram”.  Ela acrescenta que “nos anos 1990 Sued introduz novos elementos em seus trabalhos: usa tinta de alumínio e pinceladas mais espessas e descontínuas, além de retornar às colagens, presentes nos trabalhos dos anos 1970”.

Na Cassia Bomeny Galeria estão concentradas “os vastos cinzas e pratas, que trazem uma luminosidade diferente, acentos mais reduzidos – o cinza matinal ou vespertino, de natureza diversa, pelos tons mais baixos e opacos, um contraste sutil com essas tonalidades e uma identidade cromática própria com seu valor luminoso”.

Fotos de Cristina Lacerda 

 

Rafael Peixoto, Vanda Klabin e Cassia Bomeny

Paulo Niemeyer e Vanda Klabin

Cris de Lamare, Gabriela Cardoso, Isabela Menezes e Marcela Penna

Beth Sued, Graça Emery, Vanessa Fehlberg, Daisy Ferreira e Vanda Klabin

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