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Loterias como opção ao Uber

Em meio à crise econômica do País, agravada pela pandemia, muitos trabalhadores recorreram aos aplicativos de transporte para conseguir colocar comida na mesa. Com a alta no preço dos combustíveis, essa opção tornou-se inviável. Ao invés de gerar renda, os motoristas e motociclistas começaram a perder dinheiro.

Uma das alternativas aos aplicativos de transportes foi a venda de bilhetes de loterias. A MCE, empresa responsável pela exploração do Rio de Prêmios, da Loterj, calcula que, somente no Rio de Janeiro, mais de 13 mil pessoas estão comercializando os bilhetes lotéricos para incrementar a renda.

Cerca de 10% da renda total da venda de bilhetes físicos das loterias fica com os vendedores. O faturamento varia de acordo com a quantidade comercializada. Parece pouco, mas somente o Rio de Prêmios, em média, vende por semana cerca de 450 mil cupons. Por mês, esse número chega a quase dois milhões.

Responsabilidade social 

Somente nos últimos 14 anos, mais de 300 instituições e prefeituras responsáveis pela execução de programas sociais no estado do Rio de Janeiro foram beneficiadas pelo repasse de recursos provenientes dos jogos lotéricos. Ao todo, essas instituições receberam ao longo desse período mais de R$ 90 milhões.

Os projetos favorecidos atuam em ações de recuperação de dependentes químicos, ressocialização de crianças em riscos sociais, estímulo ao esporte, inclusão social de deficientes físicos, apoio às mulheres vítimas de violência.

Desde o início da pandemia, 70% das ONGs sofreram redução na arrecadação por meio de doações e realização de eventos. 90% delas já interromperam parte das suas atividades.

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