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Leci Brandão apresenta obra que trata de racismo e discriminação nas margens do Rio São Francisco

Se a pandemia trouxe grandes mudanças tecnológicas, o desrespeito às diferenças insiste em permanecer.  De acordo com a última Pesquisa PoderData81% dos brasileiros dizem haver preconceito contra negros no país por causa da cor da pele.  Para chamar atenção para essa questão e outras formas de segregação, o autor Caio Evangelista, apresenta o romance de realismo fantástico, “Os Negos do Outro Lado”, no dia 4, às 17h, na live de lançamento, transmitida pelo Instagram da Editora Brazil Publishing.

O livro narra em prosa poética, um Brasil real muitas vezes violento e embrutecido, ao mesmo tempo, um lugar mágico com personagens contraditórios e complexos da Quilombola de Jatobá construídos nas margens do Rio São Francisco. Uma comunidade que vive em conflitos étnicos, raciais e superstições e ainda hoje, sem leis e à mercê de crimes, delitos e injustiças que, muitas vezes, só podem ser vistos pelos que conseguem enxergar para além das invisibilidades da sociedade brasileira, principalmente quando se trata de negros e pobres.  

 “A primeira vez que estive em Petrolina fui arrebatada pela imagem do Rio São Francisco, ou Velho Chico, como dizem os que nasceram às suas margens. Mas além da paisagem, fiquei ainda mais envolvida pelas pessoas que ali conheci. Ao receber o convite para fazer esses breves comentários sobre Caio Evangelista e seu livro, “Os Negos do outro lado", que nos remete não apenas às paisagens do semiárido pernambucano, mas também aos jeitos de ser das gentes que lá vivem, é inevitável pensar na riqueza da diversidade do povo brasileiro. Apresentar essa diversidade por meio de uma linguagem que nos embala entre o real e o imaginário é, certamente, o mérito desta obra. Entremeando tudo isso estão os pilares sobre as quais se constituiu a formação da sociedade brasileira: o racismo, a opressão das mulheres, o abandono dos pobres e as injustiças sobre os mais fracos. Eu não poderia deixar de dizer da minha satisfação em apresentar este livro que, de forma poética, também aponta as injustiças do nosso país”, ressalta Leci Brandão

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