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Especialista esclarece dúvidas sobre risco de trombose em gestantes que tomaram a vacina AstraZeneca/Oxford

Após a morte de uma mulher grávida no Rio de Janeiro, que recebeu a vacina da AstraZeneca/Oxford (fabricada no país pela FioCruz) contra Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu imediatamente o uso deste imunizante em gestantes. A vacinação continuou neste grupo, nas que apresentam comorbidades, porém, somente com as marcas Coronavac e Pfizer. O médico Paulo Gallo, ginecologista e especialista em reprodução assistida à frente do Vida- Centro de Fertilidade, esclarece algumas questões sobre este tema.

O pode ter causado a morte da gestante que foi vacinada?

Médico Paulo Gallo: Houve a ocorrência de um evento tromboembólico nesta gestante que tomou esta vacina, evoluindo para a sua morte.  A trombose surge quando um coágulo se forma dentro de uma veia ou artéria, o que dificulta a circulação. A incidência aumenta na gravidez, principalmente em mulheres que têm predisposição genética, estão acima do peso ou já tiveram o problema anteriormente.

Por que gestantes são mais propícias a adquirir trombose?

Médico Paulo Gallo: Mulheres grávidas têm até 36 vezes mais chance de ter uma trombose, do que mulheres não grávidas. Isso em virtude da grande quantidade hormonal que circula no sangue desta mulher, principalmente do estrogênio, durante toda a gravidez.  

Então de fato pode se dizer que a vacina AstraZeneca/Oxfordo oferece riscos?

Médico Paulo Gallo: No caso da vacina AstraZeneca/Oxford, alguns estudos apontaram que este imunizante tem um risco pequeno, raro, mas potencial de causar maior risco de trombose. Não se sabe ainda se esse risco poderia potencializar aquele já existente nas mulheres grávidas.

 

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