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Trabalho análogo à escravidão inspira solo teatral

A encenação de “Nave mãe” foi contemplada com o edital “Retomada Cultural, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, e poderá ser assistida de forma remota, de 17 a 29 de abril. A sessão do dia 17 será transmitida pelo Zoom, e, após essa data, o espetáculo ficará acessível durante 12 dias de forma gratuita pelo canal da Dragão Voador no YouTube.

Na trama, Guará trabalha numa confecção de calças jeans na Cidade das Formigas, onde é ambientada boa parte da peça, que é o segundo solo de Alan Pellegrino, também autor do texto, fruto de sua segunda incursão pela dramaturgia. Depois de dar vida no teatro ao lendário Volta Seca, remanescente do bando de Lampião, ele mira agora em temas sociais como o do trabalho escravo. O ator e dramaturgo é novamente dirigido por Joelson Gusson, com quem criou a companhia Dragão Voador, repetindo, assim, a parceria de espetáculos como “Hotel Brasil” (2017) e o supracitado “Volta Seca” (2018).

Lembrando que a escravidão foi oficialmente abolida no país em 1888, mas algumas células desse sistema ainda eram vistas nos anos seguintes. Um século após esse fim, entre os anos 1980 e 2000, na cidade de São Paulo, a mais rica do país, o trabalho análogo à escravidão perpetua-se nos fundos de quintais, em empresas clandestinas. Essas empresas ganharam os nomes de facções –o mesmo dado a grupos criminosos. É numa dessas facções que vamos encontrar na trama.

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