Primeiro longa de Lázaro Ramos ganha reconhecimento da crítica internacional nos Estados Unidos e estreia hoje na Noruega
O primeiro longa de Lázaro Ramos, “Medida Provisória” – que no exterior ganhou o nome de Executive Order – tem sido aplaudido em festivais de cinema internacionais e conquistado a crítica especializada, a exemplo do SXSW (South by Southwest), em Austin, no Texas, e do Pan African Film, em Los Angeles, ambos realizados em março. “Estou muito honrado com todas as críticas que nós temos recebido. Eu sempre quis que fosse uma história universal que tivesse impacto e estou muito feliz com a compreensão das pessoas”, conta Lázaro que se prepara hoje para a estreia em mais um festival, desta vez na Europa, no Cine Latino Bergen, na Noruega. Em abril o filme integrará o Chicago Latino Film Festival, também nos Estados Unidos – no Brasil a estreia é prevista para o segundo semestre de 2021.
No Pan African Film, o longa foi apresentado pelo festival em suas redes sociais como o “melhor filme brasileiro desde “Cidade de Deus”. Nos maiores jornais do Texas, ganhou críticas calorosas: o Austin American Statesman disse que “seu enredo torna uma distopia muito plausível” enquanto o Austin Chronicle afirmou que o filme é “profundamente intrigante, realista e atraente e que há histórias suficientes para uma minissérie”.
O longa que tem como protagonistas Taís Araújo, Alfred Enoch e Seu Jorge é baseado no sucesso teatral brasileiro “Namíbia, Não”, de Aldri Anunciação, escrito originalmente em 2011. A trama se passa num Brasil distópico em que uma medida de reparação social afeta diretamente a vida de uma família, são eles o jovem casal Capitú (Taís Araújo) e Antonio (Alfred Enoch) e o primo, o expansivo André (Seu Jorge) que, de favor, mora na casa da dupla. Certo dia o advogado Antonio vai para a justiça propor uma medida de reparação financeira pelos tempos de escravidão no Brasil. A proposta é respondida com a medida provisória que ordena que todos os negros brasileiros (chamados no longa de “melaninas acentuadas”) voltem para a África.
Fotos: Mariana Vianna
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