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Quando fui para o divã...



Amanda e Cinthia
Em 2007, quando perdi o meu irmão para um acidente de moto, fui apresentada à terapia. A barra estava pesada demais. Era o meu contato mais forte com a morte. Já tinha tido perdas anteriormente, mas assim, tão avassaladora, nunca. Pensava que iria sentir a dor mais profunda quando meu avô materno partisse, mas quis o destino que meu único irmão fosse primeiro e eu me senti morta em vida.

Então, lá fui eu, para o divã. Na verdade, um sofá. De frente para a minha psicóloga. Nada de costas. Estaria de frente com a querida Lucia Moraes. Ela me ajudou naquele momento em que eu perdi a vontade de viver, mas, ao mesmo tempo, não podia morrer totalmente, pois ainda tinha minha mãe, cuja dor era maior. 

A vida tinha de seguir e, com ela, fui me fortalecendo emocionalmente, crescendo enquanto pessoa e aprendendo o melhor caminho a seguir para me manter forte, porém, sem esquecer a sensibilidade que nos torna humanos. 

Com ela, aprendi a observar os sinais. Sim, eu sentiria meu irmão e a presença dele por meio de sinais, sensações e emoções. Eles falam e nos confortam imensamente. Quase como uma xícara de chocolate quente que vai nos aquecendo enquanto bebemos. Sensação boa e acolhedora. Como abraço de mãe também, com suas asas enormes e protetoras.

Na minha atual fase sigo a terapia com Cinthia Ribeiro. E seu jeito Cinthia de ser tem me encantado. Ela é firme quando tem que ser, me leva aos questionamentos que rondam minha mente e, muitas vezes, já sei a resposta ou saída. Ela também é responsável por eu conseguir me desconstruir aos poucos para uma nova Amanda que quero construir dentro de mim.

Os divãs da Psicologia só têm me feito bem. Arrumo as gavetas do meu ser a cada semana e, no momento em que preciso usar algo delas, consigo vestir o necessário para trilhar este ou aquele caminho. As gavetas a que Lucia Moraes me apresentou e não sei nem se ela sabe que ainda as uso.

Fazer terapia não é coisa de maluco, de quem tem tempo a perder, como já ouvi por aí. É para quem tem tempo a ganhar. E ganhar para si, para a sociedade, para o mundo. Eu só tenho a agradecer a oportunidade de me enfrentar a cada sessão. Porque sempre há algo a falar, a ouvir, a pontuar, a descortinar. Busque esse caminho e você só terá a ganhar. Está na hora de arrumar seu interior. Por onde você quer começar? 

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