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CPI dos Desabrigados promete agitar Câmara de Vereadores

Um  tema que vem ganhando tônus para além das fronteiras niteroienses é a CPI dos Desabrigados que o  Henrique Vieira (Psol) pediu para investigar na Câmara Municipal os despautérios da Prefeitura no tratamento dado aos sobreviventes dos desabamentos e deslizamentos ocorridos três anos atrás.  A CPI quer saber quanto, como e porquê foi gasto dinheiro público durante três anos sem que até hoje se apresente mínima condição digna de solução para os desabrigados. Parte deles em um abrigo com ratazanas, infiltrações, comida estragada e esgoto a céu aberto, com casos até de mortes com doenças com hepatite, pneumonia e tuberculose.
Há cerca de 300 pessoas no abrigo do 3º BI.  Outra parte está em um conjunto que foi construído num local ameaçado de desabamento, e  em apartamentos sem janela, sem piso e já com infiltrações.
Uma  outra parcela das vítimas  estava para ir para o Morro do Castro, em  um conjunto que antes mesmo de ser inaugurado teve dois blocos demolidos e apresenta vários problemas estruturais, como tijolos fora de prumo e inadequados para o tipo de solo.
Ontem à noite, a bancada governista do PT organizou uma audiência pública na Câmara de Niterói sobre os conjuntos Zilda Arns 1 e 2, no Morro do Castro, numa clara tentativa de neutralizar o pedido do vereador do PSOL de abertura da CPI.  Mas foi um tiro no pé.  As galerias lotaram com desabrigados e militantes dos diversos movimentos sociais da cidade. Ao longo de quase quatro horas de audiência, o que se ouviu foi o forte clamor pela instalação da CPI.
Também na tribuna, a maioria das falas foi nesse sentido.

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