Amanda e Cinthia Em 2007, quando perdi o meu irmão para um acidente de moto, fui apresentada à terapia. A barra estava pesada demais. Era o meu contato mais forte com a morte. Já tinha tido perdas anteriormente, mas assim, tão avassaladora, nunca. Pensava que iria sentir a dor mais profunda quando meu avô materno partisse, mas quis o destino que meu único irmão fosse primeiro e eu me senti morta em vida. Então, lá fui eu, para o divã. Na verdade, um sofá. De frente para a minha psicóloga. Nada de costas. Estaria de frente com a querida Lucia Moraes. Ela me ajudou naquele momento em que eu perdi a vontade de viver, mas, ao mesmo tempo, não podia morrer totalmente, pois ainda tinha minha mãe, cuja dor era maior. A vida tinha de seguir e, com ela, fui me fortalecendo emocionalmente, crescendo enquanto pessoa e aprendendo o melhor caminho a seguir para me manter forte, porém, sem esquecer a sensibilidade que nos torna humanos. Com ela, aprendi a observar os sinais