O cantor entra em cena munido de suingue e intensidade. Dialoga com o mangue, as guitarras psicodélicas que fervilharam na contracultura recifense, os petardos rítmicos e poéticos da Geração Nordeste 70, a essência dos mestres ancestrais. Dentre as canções autorais que integram o álbum, entram músicas com balanço de bossa (“Doce”) e soul (“Noite Negra”), maracatu (“Pai do Samba”) e caboclinho (“Caboclo de Lança”), forró de gafieira (“Cuidado com Mané”), xotes delicados (“Maçã Dourada”, “Viço”) e psicodelia pesada (“Estrela da Paz”). O show inclui hits da música universal brasileira, como “Festa”, de Gonzaguinha; “Coroné Antonio Bento”, de Tim Maia; “Embolada do Tempo”, de Alceu Valença; “Garoto de Aluguel”, de Zé Ramalho. A produção e direção musical do disco são de Paulo Rafael, o mago da guitarra cujo som há décadas emoldura os clássicos de Alceu Valença. Por falar em Alceu, Charles é um dos protagonistas do filme “A Luneta do Tempo”, escrito e dirigido pelo bardo de São