De qualquer forma, é possível definir o sexo do embrião antes de ser implantado no útero através biópsia embrionária e análise cromossômica das células biopsiadas, o chamado diagnóstico genético pré-implantacional ou PGD.
"O óvulo fertilizado pelo espermatozoide em laboratório durante a FIV (fertilização in vitro) desenvolve-se durante alguns dias antes de ser retirada uma célula, que é analisada para verificar a presença de alterações no número de cromossomas e, consequentemente, o sexo do embrião. Esta análise pode ser também de genes no intuito de prevenir a transferência de embriões portadores de doenças familiares específicas, carreadas por seus pais", explica a especialista em reprodução humana e médica-diretora do Vida Centro de Fertilidade, Dra. Maria Cecília Erthal.
No entanto, como já comentado, no Brasil a seleção do sexo do embrião por meios científicos é proibida, e de acordo com o Conselho Federal de Medicina e do Conselho de Ética Médica, esta técnica deve apenas ser indicada em casos específicos para prevenir doenças relacionadas ao cromossomo X ou Y, sendo uma ferramenta importante, por exemplo, no caso de doenças genéticas que só se desenvolvem em bebês do sexo masculino, como a hemofilia e a distrofia muscular de Duchenne. Nessas situações, o exame permite que médicos e embriologistas escolham um embrião saudável do sexo feminino e implantam-no no útero da mãe, para que esta possa gerar um bebé saudável.
A médica afirma que, além das estipulações acerca do assunto determinadas pelo CFM, é válido lembrar que esse exame possui um alto custo. Além de ser uma técnica extremamente complexa, é necessário um laboratório com equipamentos de ponta e profissionais altamente capacitados.
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