JP - É a sua primeira vez na Sapucaí?
Lucy - Não. Desfilei há dois anos pela Mangueira, representando as festas populares do Brasil, especificamente o São João de Campina Grande, ano passado saí na Imperatriz e esse ano saio de novo. Mas dessa vez é muito especial, pois serei a puxadora do samba; vi o samba nascer, ser escolhido pela comunidade e ser gravado… Honraria sem par.
JP - Como surgiu o convite?
Lucy - Através do Zé Katimba. Quando me mudei para o Rio, fui conhecer a quadra da Imperatriz e logo me encantei; fui adotada pela escola que me recebeu de braços abertos; clima de família mesmo. Wando o enredo sobre o Zezé e o Luciano foi escolhido, o Katimba me convidou para fazer a sanfona da música e logo em seguida me convidou a cantar. Fiquei extasiada! Deu muito certo e o samba logo caiu na graça do povo.
JP - Você já havia cantado algum samba em sua carreira?
Lucy - Nunca um samba-enredo. Já cantava choro e samba com um grupo de choro que tive em João Pessoa, o “Chorisso”. Por cantar choro, coco e forró, eu tenho intrínseca essa divisão do samba. Foi isso que o Zé Katimba logo constatou.
JP - Como você foi recebida pela escola?
Lucy - Com muito carinho e amor. Empatia total. Eu me sinto filha daquela comunidade e eles também se alegram com o meu apreço pela escola.
JP - Qual a expectativa para o desfile?
Lucy - Muito ansiedade e vontade de levar o prêmio. Está tudo muito bonito, arrojado… Acho este ano o desfile da Imperatriz concorre diretamente ao título. Vamos cativar os jurados e público através da emoção e do amor!
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