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Luto no samba

Morreu na tarde desta terça-feira, 6, uma das figuras mais importantes da história da Portela: Maria das Dores Alves, a Tia Dodô. Lendária porta-bandeira da escola, Dodô estreou na agremiação em 1935, aos 14 anos, conduzindo o pavilhão azul e branco e ajudando a escola a conquistar o primeiro dos 21 campeonatos. Natural de Barra Mansa, ela nunca deixou de estar com a Portela na Avenida. Ocupou o posto de primeira porta-bandeira até a década de 1950. Em 2004, teve papel de destaque no Sambódromo ocupando o posto de rainha de bateria. Há anos era de responsabilidade dela a organização da Ala das Damas, uma das mais tradicionais da escola, e à frente da qual sempre fez questão de desfilar. Católica fervorosa, era Dodô quem cuidava das cerimônias religiosas na quadra da agremiação, em Madureira.
Dodô completou 95 anos de idade no último sábado. Ela estava internada desde o dia 22 de dezembro no Hospital Municipal Ronado Gazolla, o Hospital de Acarí, na Zona Norte do Rio, onde deu entrada com infecção e quadro de desnutrição e desidratação. Ela era moradora, há muitas décadas, do Morro da Providência, Zona Portuária carioca..
O vice-presidente da Portela Marcos Falcon, que esteve com Dodô várias vezes durante o período em que ela esteve internada, está cuidando pessoalmente dos detalhes referentes ao velório e ao enterro. Local e horário ainda não estão definidos. O velório, a pedido da própria Dodô, não será na quadra da escola: Ela repetiu diversas vezes que achava que a sede da escola era pra ser um local de alegria permanente.

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