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Luto no mundo do samba

Faleceu na noite deste domingo, 25, a lendária Marlene Paiva. Ela foi uma das mais premiadas e emblemáticas figuras da história do Carnaval carioca. Veterana da ‘época de ouro’ do carnaval, nos anos 60 e 70, Marlene participou de todos os bailes de Gala do Teatro Municipal do Rio, no qual fantasias de luxo eram premiadas. Era imbatível nesse quesito. Até 1973,  ganhou mais de 10  títulos de primeiro lugar e foi agraciada com hours Concuours. Todas as suas premiações eram revertidas para instituições de caridade.

Foi também destaque na Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de coração. Foi dela, à frente da agremiação, a primeira capa da Revista “O Cruzeiro”. A Sócia Benemérita da Mocidade foi a grande homenageada na 7ª "Festa Brilham no céu as estrelas do carnaval", realizada em novembro de 2013.

Quando a Mocidade Independente de Padre Miguel ganhou seu primeiro título, em 79, com o enredo "O descobrimento do Brasil", no carro abre-alas estava Marlene Paiva. Sua fantasia super luxuosa representava a primeira missa no Brasil no enredo "Padre Miguel, Olhai por Nós". Foram quase trinta anos de luxo, elegância e beleza na Passarela do Samba, sempre pela Padre Miguel. Nunca desfilou por outra agremiação. Mas foi enredo, em 1995, da escola de samba Foliões de Botafogo, que representa o bairro de Botafogo, zona sul do Rio, onde a destaque da Mocidade sempre morou.

O corpo de Marlene Paiva será cremado na próxima terça-feira, dia 27, no Memorial do Carmo, no Caju. O velório acontece no salão nobre da  sede do Clube de Regatas do Flamengo a  partir das 16h desta segunda-feira.

Ela tinha 80 anos e era casada com o ex-presidente do Flamengo, vice-presidente do COB André Richer. Deixa um filho, o advogado e presidente do Conselho de Administração do Flamengo Maurício Gomes de Mattos, nora e dois netos.

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