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Márcio Gomes e João Carlos Assis Brasil lançam Musica Popular In Concert

Márcio Gomes e João Carlos Assis Brasil lançam hoje, no Theatro Net Rio, o DVD Musica Popular In Concert. O piano clássico de um dos principais maestros brasileiros e a voz romântica e inconfundível do cantor que é considerado o “novo rei da voz” , fazem um passeio pelos grandes clássicos da música popular brasileira e internacional. No repertório estão canções como “Manhã de Carnaval”, “Ave Maria no Morro”, “Modinha”, “Begin the beguine”,  “El Dia que Me Queiras”, entre outras. Em entrevista exclusiva, Márcio Gomes revelou ao JP revistas como é ser chamado de “novo rei da voz”, como Bibi Ferreira influenciou em sua carreira e os planos para o futuro. Confira! Foto Luciano Rocha



JP revistas - Apesar de sua pouca idade, você já chegou c om endosso de nomes importantes como Bibi Ferreira e Ricardo Cravo Albin. O que isso influenciou na sua carreira?


Márcio Gomes - Tudo na minha vida aconteceu sem planos, digo isso, pois até a escolha do meu repertório foi só seguida por intuição. Os momentos foram acontecendo naturalmente, meu primeiro encontro formal com Ricardo Cravo Albin, foi num show das " Cantoras do Rádio", dirigido por ele com participação minha.  Daí em diante não paramos mais de trabalhar, e num desses encontros artísticos, Bibi Ferreira fazia narração de um grande espetáculo, onde eu cantava juntamente com outros artistas. Também não nós separamos mais. Além da grande amizade que tenho por ambos, a influência é continua e absoluta, Ricardo sabe tudo da história da música, e Bibi sabe tudo de palco.


JP revistas -  E o título de "Novo rei da voz", você se considera assim? Quem é ou quem são seus ídolos?



Márcio Gomes - Novamente voltando ao Ricardo, foi ele que me deu esse título em algumas entrevistas. Seria pretensioso me considerar assim, mas sem demagogia, me acho diferente, canto com voz. Uma maneira que caiu em desuso após a bossa nova. Tenho alguns ídolos muito importantes na minha formação, começo pela cantora portuguesa Amália Rodrigues, essa senhora mudou minha vida depois que a vi cantar no Canecão em 1991. Depois vários cantores Ângela, Cauby, Nelson, Alcyone, Francisco Alves, cujo cantor já prestei uma homenagem no meu penúltimo trabalho em CD.


JP revistas - Fale um pouco da parceria com João Carlos Assis Brasil e da apresentação de hoje.


Márcio Gomes - João foi outro presente que apareceu na minha vida! Fazíamos um espetáculo chamado "em cantos do Rio" dirigido e apresentado por Haroldo Costa, ele fazia solos e acompanhava outros artistas. Quando o ouvi tocar, falei: é isso que quero pra mim... Convidei-o para um duo e dali não paramos mais, até que resolvemos registrar nosso encontro em um DVD que será lançado hoje, dia 9 de dezembro, no mesmo lugar em que gravamos, Theatro Net Rio.


JP revistas -  Em um dado momento de sua carreira você mergulhou no universo musical dos anos 40 e 50. O que o levou a isso?  E qual foi o saldo?


Márcio Gomes - Como já falei anteriormente, tudo sem programação, fui descobrindo que minha voz se encaixava perfeitamente com esse repertório. Faço isso muito naturalmente sem querer imitar nenhum cantor do passado. Canto o que me arrepia! O saldo é o público que me segue, nossa troca de amor é absoluta. Sou muito grato aos meus admiradores que fizeram o boca a boca, pois graças a isso tenho sempre conseguido um grande número de pessoas que lotam meus espetáculos.


JP revistas -  Como você o meio musical hoje, se comparado com décadas passadas, consideradas de ouro?


Márcio Gomes - Sem saudosismo, mesmo porque não vivi a época de ouro, acho o momento atual pouco criativo. As pessoas tem medo de cantar, chorar se entregar por inteiro como Elis fazia. Acho que o glamour é fundamental na arte, uma coisa não vive sem a outra, o artista tem obrigação de se fazer belo para o público. Eu que tenho um grande fã clube da terceira idade e vejo o quanto elas se produzem pra me assistir, o mínimo que eu posso fazer é retribuir. O palco pra mim é sagrado, quem manda é a arte!


JP revistas -  Voltando a Bibi Ferreira, como foi ser supervisionado por ela? E o mais o marcou?


Márcio Gomes - Somos muito amigos! A supervisão da Bibi é constante, sempre me dá dicas maravilhosas. Ela me incentiva muito, tem sempre lindas palavras para meu trabalho. Um dia Bibi me pegou de surpresa e chamou a mim e Agnaldo Rayol para cantarmos juntos "Chão de estrelas no final do seu espetáculo. Que emoção!


JP revistas - O que ainda sonha em fazer profissionalmente  e existe outra parceria que sonha ter?


Márcio Gomes - Sou Geminiano, portanto inquieto. Sonho muitas coisas, shows, DVDs, CDs novos. E como sonhar alto é sempre bom, ainda vou cantar com uma sinfônica. A música, ou melhora Arte me faz sonhar constantemente, e tudo acaba acontecendo.

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