Há muita expectativa no meio privado em relação à última reunião do ano do Fundo de Marinha Mercante (FMM), marcada para 5 de outubro, porque, até agora, os valores liberados pelo fundo estão abaixo dos níveis do ano passado. Em 2011, foram R$ 2,74 bilhões e, em seis meses deste ano, o nível alcançado é 50% inferior ao total do ano passado: apenas R$ 1,18 bilhão. Não parece lógico aos empresários, diante da enorme demanda, que as verbas liberadas em 2012 fiquem abaixo das de 2011. Nos bastidores, aumenta a pressão junto ao FMM para a queda nos juros. Desde que foi criado, em 1958, por JK, o FMM atua com juros abaixo do mercado, o que os estaleiros não consideram subsídio, mas benefício, para tentar aproximar o custo Brasil do custo mundo e, especialmente, do custo Ásia. Nos últimos anos, com juros estratosféricos no mercado, o nível aplicado sempre foi muito elogiado. Varia de 2,5% a 5%, conforme características da empresa e o índice de utilização de itens nacionais. No entanto, com os juros próximos de zero na Europa e nos Estados Unidos, e em queda no Brasil, empresários do mar iniciaram um trabalho para pedir nova redução nos juros do FMM, de modo que o diferencial se torne, cada vez mais, fator de estímulo ao mercado interno e de equilíbrio nos preços finais com os aplicados no resto do mundo.
Comentários
Postar um comentário