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Entrevista com Isabella Taviani


Ela é dona de uma das mais claras e fortes vozes da MPB. Isabella Taviani que estréia sexta-feira, no Citibank Hall, no Rio, sua nova turnê Eu Raio X, conversou com a gente e falou sobre as inovações no novo show, das influências que recebeu da família, do canto lírico, e de grandes nomes da nossa música. Ela não esconde o entusiasmo com a resposta de seus fãs ao pedido que fez para que enviassem Raios X para compor o cenário do show. Confira!

“Todo o palco será coberto com essa película como se fosse um grande negatoscópio. Chegaram raios x de todos os lugares do Brasil e isso me deixou muito feliz”.

Isabella diz que depois de 20 anos de estrada e 9 desde a gravação de seu primeiro disco, sente hoje a maturidade.
“Eu ia fazer uma releitura de Carpenters, uma dupla americana que sou apaixonada, mas quando conhecei a Myllena - cantora mineira de perfil mais roqueiro, que tem sua própria carreira, é a autora de “RaioX” - percebi que tinha muita coisa inédita ai resolvemos colocar este disco na praça”. 
 Para ela este é o disco mais autobiográfico que já fez.
“Ele me desnuda completamente e para fazer um trabalho assim você tem que atingir um nível de maturidade enorme”.

1- Você vem de uma família de músicos, isto influenciou você?
Meu avô era cantor lírico, mas não era profissional. Era barítono e cantava em várias orquestras na Bahia e depois cantou aqui também, mas de maneira amadora. E minha mãe é musicista, é bacharelada em música, e através dela aprendi muito. Desde pequena ela me ensinou piano. E por 6 anos fui cantora lírica, cantei ópera até no Municipal. Já da MPB ouvia muito Chico, Clara Nunes, Elis Regina e Maysa.

2- E o projeto dos Carpenters, você desistiu?
Não! Sou apaixonada pelos Carpenters. Eu adiei, mas pretendo ao final deste ano reiniciar porque já gravei duas partes e quero retomar. Vou esperar passar esse primeiro momento da turnê e vou voltar. Tenho que fazer com muito cuidado. Quero tirar o piano e puxar mais o lado country que eles tinham.

3 – Como você vê a internet como ferramenta de trabalho?
Pra mim que sou uma cantora que não tem exposição de mídia muito grande, me ajuda a perceber o que esta acontecendo com minha carreira. É como um termômetro e ajuda a ver a opinião do público, as críticas positivas e negativas. É um canal importante em que as coisas acontecem muito rápido. Você pode aproximar mais esse público, pode perceber o que ele quer realmente.

4 – Você já mudou algo por causa das redes sociais?
Já. Em uma estreia tudo pode acontecer – este show, por exemplo, é o mais ensaiado que já fiz, mas tudo pode acontecer - e depois da estreia faço nova avaliação e se alguma não surtiu efeito a gente pode mexer rapidamente. Porque hoje não é mais como antigamente que você estreava e ficava 2 ou 3 meses no Teatro, Teatro Musical. Hoje não, a musica clássica e a country tem incentivo enquanto que a música popular, a musica cantada não tem incentivo e a gente se vira para fazer o melhor com orçamento curto. A gente se vira com a criatividade – como todo brasileiro faz – para tentar agradar a todos os públicos. Daqui vou para São Paulo e essa avaliação será muito importante.

5 – Você disse que todas as canções estão repaginadas. Até os grandes sucessos?
Sim. Tem uma sonoridade que nunca tinha feito. É meu primeiro com o André Vasconcelos, baixista e diretor musical, reformulamos alguns arranjos de canções antigas. Algumas baladas se transformaram em rock e por ai vai. Só não mexi muito em O Último grão, o resto esta modificado. Foto Polaroid e Digitais, estão muito repaginadas.

6 - Você tem algum ritual, você reza antes de entrar no palco?
Rezo muito, aliás, tenho rezado bastante. Reúno a banda para fazer uma oração e gosto também de ficar uns 10 minutos sozinha, rememorando o show inteiro, fico me olhando de fora olhando as marcações, enfim revendo tudo.






Pra quem continua curioso sobre o novo álbum, segue um teaser do "Raio X"


Você pode encontrar mais informações e ouvir todo álbum no site, completíssimo, da cantora.

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